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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /var/www/clients/client1/web2/web/wp-includes/functions.php on line 6114O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (3) que a inflação de alimentos, a qual gerou preocupação de consumidores e do governo, deve retroceder nos próximos meses. De acordo com dados do IBGE, a inflação de alimentação e bebidas, em 12 meses até fevereiro deste ano, somou 2,62% – abaixo do índice geral, de 4,50%. Entretanto, alguns alimentos registraram alta maior neste período.
Campos Neto avaliou, ainda, que o Brasil está em um processo de desinflação em linha com o que o Banco Central espera, mas acrescentou que o setor de serviços, fonte de preocupação, tem mostrado uma inflação mais alta.
Inflação sobe 4.62 em 2023 e fica dentro da meta; grupo de alimentos foi o que mais subiu
O presidente do Banco Central também explicou que a intervenção feita pela instituição no dólar nesta semana foi pontual, para evitar “disfuncionalidades”. Para ele, o câmbio não deveria ser um problema no Brasil. Campos Neto reiterou que o câmbio é flutuante no Brasil, ou seja, que o dólar e outras moedas variam (sobem e descem) de acordo com a oferta e demanda.
No comunicado o BC informou que havia “demanda por instrumentos cambiais” por conta do resgate (vencimento) de títulos do tesouro nacional indexados ao dólar. A operação buscou manter a proteção aos investidores cujos papeis estavam vencendo e evitar uma corrida ao mercado à vista.
O fluxo forte a que o presidente do BC se refere está relacionado com o ingresso de recursos por conta das exportações brasileiras e por investimentos feitos no Brasil. Já as reservas internacionais, consideradas um seguro contra crises cambiais, estão acima de US$ 350 bilhões.
Mesmo assim, ele avaliou que uma eventual decisão do Federal Reserve, o BC norte-americano, de não baixar os juros a partir de junho – quando o mercado espera o início do processo – pode ter impacto nas moedas ao redor do mundo.
Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, no sistema de metas de inflação, o BC faz projeções para o futuro. Se as estimativas estão em linha com as metas, pode reduzir os juros. Se estão acima, pode manter a taxa estável ou até mesmo subir.
Neste momento, a instituição já está mirando na meta deste ano e também para o primeiro e o segundo semestres de 2025 (em doze meses). Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
O Banco Central indicou em seus últimos comunicados que deve realizar mais um corte de juros em maio deste ano, de 10.75% para 10.25% ao ano. Mas não quis projetar novo corte em junho por conta de incertezas.
Campos Neto afirmou nesta quarta-feira que as metas centrais de inflação serão perseguidas.
“A expectativa de inflação [do mercado] de longo prazo não tem convergido para a meta (…) As pessoas têm incorporado que a meta não é a meta, mas a meta é a meta. Queremos cumprir. A gente entende que é importante perseguir a meta”, acrescentou.
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