Mãe de Marielle acusa Rivaldo Barbosa de negligenciar investigação do assassinato

As famílias de Marielle e Anderson abriram seus corações em uma entrevista emocionante ao programa Fantástico. Naquela noite fatídica de 14 de março de 2018, o Brasil foi tomado por tristeza, indignação e revolta com o brutal assassinato da vereadora e do motorista. E agora, após seis anos e 10 dias, eles voltam a falar sobre as prisões dos mandantes do crime.

Fernanda Chaves, única sobrevivente do atentado que tirou a vida de Marielle e Anderson, concedeu uma entrevista exclusiva ao Fantástico na época. E agora, ela revela suas expectativas para que os responsáveis sejam julgados conforme a gravidade do caso.

Mas não foi só Fernanda que falou ao Fantástico. A mãe da vereadora, Marinete Franco, também abriu seu coração e compartilhou sua dor como mãe que perdeu um pedaço de si mesma. “Não vai ficar impune, eu não quero que fique impune”, desabafa.

E a viúva de Anderson Gomes, Aghata Arnaus, relembra como recebeu a notícia do crime. “Uma amiga nossa que estava aqui na porta me avisou. Quando eu abri o portão e vi a expressão no rosto dela, eu já sabia o que tinha acontecido”, conta emocionada.

O ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa também surpreendeu as famílias ao ser apontado como um dos mentores do crime pela Polícia Federal. Marinete revela que ele se comprometeu com ela e seu marido a resolver o caso, mas agora a descoberta de sua participação gera um sentimento de traição.

Para Anielle Franco, irmã de Marielle e ministra da Igualdade Racial, as prisões trouxeram à tona sentimentos de cansaço, indignação e revolta. “É impossível separar os meus sentimentos no dia de hoje”, desabafa.

A viúva de Anderson, Aghata, também fala sobre suas expectativas para o desfecho do caso. “Eu quero saber tudo para ter uma compreensão da história do início ao fim”, declara.

E Mônica Benício, mulher de Marielle na época do crime, afirma que a luta por justiça não se encerra com um inquérito policial. “Essas respostas o Estado brasileiro deve à democracia e a milhares de Marielles e Andersons”, finaliza.